Foram os nórdicos, não os nordestinos que tornaram possível a existência da carne-seca: para conservar peças de bacalhau e demais pescados durante as viagens, eles utilizavam o processo de salgamento e desidratação.
A técnica chegou ao Brasil junto com os portugueses, que traziam na bagagem carne de boi e de porco preservadas exatamente como os peixes escandinavos.
Para a surpresa dos lusitanos, o clima do Nordeste brasileiro foi extremamente favorável ao processo de desidratação: bastava dispor as carnes em mantas no chão ou pendurá-las em varais sob o sol e o vento. Daí esse tipo de carne ser conhecida também como carne-de-sol, um prato cheio para quem aprecia a culinária típica brasileira e não se liga em calorias.
1kg de carne-seca sem gordura
2kg de cebola cortada à juliana
30ml de azeite de oliva
200g de pupunha
1kg de abóbora madura
1 copo (americano) de água
2 tabletes de caldo de legumes
1 punhado de sal e pimenta a gosto
A carne-seca: coloque a carne-seca de molho por 12 horas, depois cozinhe por 30 minutos e deixe esfriar. Em seguida, desfie a carne. Frite a cebola no azeite e junte a carne-seca com a pupunha desfiada, deixando cozinhar por três minutos.
O purê: descasque a abóbora e corte-a em cubinhos. Cozinhe por 20 minutos com água e caldo de legumes. Passe a abóbora na peneira e logo em seguida tempere com sal e pimenta a gosto.
Montagem: coloque o purê no centro do prato e, em volta, a carne-seca e a pupunha desfiada.
Receita do chef Francisco Chagas, do restaurante Ecco.