por Giuliana Bastos
Durante grande parte da Idade Média, mercadores vindos da Ásia, do Oriente Médio e da África vendiam suas especiarias num conjunto de pequenas ilhas do mar Adriático, chamado Veneza. O vaivém que tornou a culinária da cidade italiana uma das mais ricas do país está descrito com detalhes, receitas e muita história no livro "Veneza, o Encontro do Oriente com o Ocidente", da historiadora Fernanda de Camargo-Moro (ed. Record, 361 págs., R$ 36). O chef David Jobert adaptou uma dessas receitas a pedido da Folha.O bigné (sonho dourado) é uma das friturinhas típicas do Carnaval veneziano, fáceis de comer por baixo das máscaras.
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
1/2 copo (americano) de leite
1 colher (sopa) de açúcar (para o bigné)
1 1/2 colheres (sopa) de cacau em pó
1 colher (sopa) de chocolate derretido
1 colher (sopa) de manteiga
2 ovos
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 colher (chá) de fermento em pó
Açúcar de confeiteiro
250g de creme de pastelaria (à venda em empórios)
Sal e óleo (para fritar)
300g de açúcar (para o xarope de água de rosas)
450ml de água
80 pétalas de rosa (4 rosas)
1 colher (sopa) de água de rosa
Xarope de rosas
Cozinhe a água com o açúcar por 10 minutos em fogo baixo. Tire do fogo e acrescente as pétalas com a água de rosa e deixe no mínimo um dia na geladeira.
Bigné
Junte o chocolate derretido e as gemas ao creme de pastelaria, misturando bem. Deixe esfriar e reserve. Numa tigela à parte, coloque a farinha com o cacau, o açúcar, a essência de baunilha, a manteiga derretida, o fermento e o leite. Bata as duas claras em neve com uma pitada de sal e adicione à mistura anterior.
Numa frigideira com óleo quente, vá colocando a massa às colheradas. Formará pequenos sonhos. Espere esfriar um pouco e recheie com o creme de chocolate. Peneire açúcar de confeiteiro por cima e sirva em um prato fundo, com o xarope de rosas.
Publicado na Revista da Folha em 27/04/2003.