O chef explica
Muito popular em Goiás, onde é servida com inúmeros recheios, a pamonha no Centro-Oeste costuma ser preparada salgada, e não doce, como no Sudeste do país. A preparação, à base de milho ralado grosso cozido em água fervente e envolto e saquinhos feitos com a própria palha da espiga, é de origem indígena: seu nome vem do tupi "pamunha".
A pamonha de sal sugerida pelo chef Renato Caleffi, do Empório Siriuba, utiliza, no lugar da banha de porco, gordura de palma, de origem vegetal e sem gordura trans. O queijo meia-cura foi trocado pelo queijo branco, menos calórico. Caleffi sugere um chá defumado para manter o aroma da lingüiça, que estava na receita original e foi retirada por ele.
Ele também acrescentou semente de linhaça triturada e usou "gersal", mistura de sal com gergelim. "A receita fica com menos sal e mais cálcio, devido ao gergelim. Já a linhaça, além de formar um gel que mantém a pamonha lubrificada e brilhante, ajuda no funcionamento gastrointestinal."
Em sintona com a filosofia do Empório Siriuba, quase todos os ingredientes usados do milho ao azeite são orgânicos. "Além de eles serem cultivados sem agrotóxicos, contribuímos para a sustentabilidade de pequenas comunidades", argumenta o chef.
Dica do nutrólogo Daniel Magnoni
Escolha uma lingüiça com menor teor de gordura, como a de avestruz, por exemplo. Frite-a em azeite de oliva. A banha de porco pode ser trocada por óleo de milho.
10 unidades espigas de milho orgânicas
10 cubos de queijo fresco orgânico
1 colher (de sobremesa) de linhaça dourada levemente triturada
1 xícara (chá) de gordura de palma orgânica
1 colher (café) de cúrcuma em pó ou ralado na hora
1 colher (sopa) rasa de chá defumado tipo "Lapsang Souchong", da linha "Tea Gschwenderner"
1 colher (sopa) de vinagre de kiwi orgânico
fios de azeite extravirgem orgânico a gosto
"gersal" (feito com sal e gergelim branco orgânico a gosto) a gosto