Arqueóloga relata a diversidade da culinária indiana e ensina como fazer menu típico da região da Cachemira
MARIANA SGARIONI
Nem só de curry vive a mesa indiana. É isso que a historiadora, arqueóloga e museóloga Fernanda de Camargo-Moro quer mostrar para o Ocidente. Depois de mais de 30 anos de idas e vindas, Fernanda lançou o livro "Arqueologias Culinárias da Índia", uma deliciosa viagem que mistura histórias pessoais e gastronomia.
"O indiano não é só vegetariano e a mistura das especiarias, tão famosas, varia de lugar para lugar. Eles comem galinha, peixe, carneiro. Algumas etnias não comem nada disso e ainda nenhum tipo de raiz, porque da raiz nasce a vida. Já em Bengala, por exemplo, alguns povos comem peixes porque acreditam que eles sejam legumes do mar. Outros comem pato porque o animal flutua como a flor de lótus", diz Fernanda.
Ela ainda completa: "É importante saber o que comem e por que comem as várias etnias indianas desde os tempos mais remotos", diz.
A base da alimentação indiana é composta por leites, pães, lentilhas e, claro, especiarias. Daí pra frente, tudo varia.
"Quem vai ao mercado pela manhã assiste a um espetáculo sem igual: os açougueiros, com suas longas barbas, compõem verdadeiras músicas batendo as facas afiadas para cortar o animal. Tudo muito perfumado pelas especiarias", conta.
O prato principal sugerido é o Gushtaba, preparado nos banquetes de casamento da região, por tradicionais chefs que levam a mistura de especiarias dentro dos bolsos -assim ninguém descobre o segredo de seu sucesso, passado de pai para filho.
1 dose de conhaque
1 copo (americano) de vinho do Porto
1 copo (americano) de xarope de água com açúcar
20ml de xarope de suco de lima
20ml de arak
2 fatias de dois limões
3 ramo de lilases
Amasse as rodelas de limão no conhaque e deixe durante três horas. Junte os demais ingredientes, mexa e sirva, quente ou gelado.